Série
HISTÓRIAS QUE ANIMAM A VIDA E AQUECEM A FÉ
QUANDO NÃO PODEMOS, ELE PODE...
Das
muitas histórias que tenho para contar e compartilhar com você, essa ocorreu no
nosso seio familiar.
Nosso
filho Danilo, chamado e conhecido pela maioria de Dan, mas para mim, “o homem
da minha vida”. Ele quando pequeno não deu muitos passos para começar a andar
como qualquer criança, logo depois do segundo passo ele correu, parecia que
seria um velocista, mas não virou. Ele foi uma criança muito elétrica, dava
gosto de ver. Também com a família que ele tinha, tinha que ser assim. Destaco
esse detalhe porque tem muito haver com o que quero compartilhar comigo.
Quando
ele nasceu tivemos que nos desdobrar para dar toda atenção e cuidado a ele. Nos
pais nos auxiliavam e muito nisso. Sempre podia ficar e cuidar dele quando nossos
afazeres nos exigiam algo. E foi ai que acontecem o inesperável e inimaginável.
Tivemos
que deixar o Dan na casa dos avôs paternos como de costume, pois naquela manhã
eu precisava dar assistência ao Lar de idoso e resolver algumas questões
ligadas a igreja. Deixe o pequeno Dan com minha mãe pela manhã, a Beta já tinha
ido trabalhar, pois ela tinha dois empregos, e eu foi buscar quatros pessoas da
igreja que iriam comigo.
Quando
já estava na estrada a quase cinquenta quilômetros de casa meu celular toca,
era minha irmã aos prantos e desesperada, não conseguia falar coisa com coisa,
porém, deu para ouvir um choro de dor no fundo da ligação, e aquele timbre de
voz eu conhecia perfeitamente, algo tinha acontecido com meu filho, Rapidamente
parei o carro na rodovia, tentei me comunicar com minha irmã para saber o que
tinha ocorrido e como poderia ajudar. Então, fiquei sabendo da gravidade do
ocorrido. O ligeirinho (Dan) se aproveitou de um momento de distração, se
aproximou por traz da minha mãe a beira do fogão e conseguiu puxar uma panela
com água fervendo para cima dele.
Vou
pular alguns detalhes se não ficará muito longo. Depois de uma correria atrás
de uma local que o atendesse, conseguimos chegar no hospital infantil na Tijuca,
Rio de Janeiro, rapidamente fomos atendidos, e encaminhado depois de sedá-lo
para um hospital onde tinha uma médica especialista em queimaduras.
Você
pode até está se perguntando: Mas como pode com uma criança? Ou, era o filho do
pastor? De pessoas envolvidas e dedicadas a obra? Estavam indo resolver coisas ligadas
a igreja e obra de Deus. Eu entendo, pois eu mesmo me fiz esses questionamentos.
Cheguei até questionar a Deus o seguinte: Eu estava indo resolver um assunto
seu, e o Senhor deixou isso acontecer. Onde o Senhor estava?
Nunca
tive tanto medo na vida. Mas Deus é soberano sobre tudo.
Uma
das primeiras visitas no hospital aumentou mais ainda meu conflito, a visitante
virou para mim e disse:
“Vocês
não são tudo crentes, onde está esse Deus que deixou isso acontecer”?
Não
podíamos responder no momento por causa do turbilhão de sentimentos que estava
sobre nós. Mas a resposta desse questionamento não viria de nós.
Quando
a médica especialista em queimaduras chegou para o seu plantão, a primeira
coisa que ela fez foi ir ver a criança que chegou com um percentual grande de
queimadura. Ela entrou no quarto sem bater na porta e já começou a examinar o
Dan, depois de muito tempo ela se apresentou. Nos informou que ele precisaria
passar por alguns procedimentos no centro cirúrgico, e isso se repetiu por três
vez, idas e voltas ao centro cirúrgico.
Depois
dessa correria toda, ela, a médica, veio nos explicar algo que daria respostas
a muitos dos nossos questionamentos.
Ela
começou explicando que a situação foi grave, dezoito porcento do corpo da
criança tinha sofrido queimaduras de segundo e terceiro grau. Mas o que mais
chagou a atenção dela foi o fato da água fervendo, que correu de cima, da
cabeça, para baixo a até o bumbum e umbigo, não completou o percurso natural do
ocorrido. Ele disse:
“Pai,
mãe, se água continuasse o curso que estava seguindo e chegado ao umbigo, ou no
bumbum da criança, ela teria morrido. Mas é surpreendente que faltando milímetros
para alcançar essas áreas vital, essa água fervendo fez um desvio e continuou
descendo pelo corpo. Só pode ter sido Deus”.
Quando
ela deu esse parecer, foi como Deus falando lá no meu íntimo cheiro de crise e
medo: Eu estava lá impedindo o pior.
Essa
médica fez de tudo para que nosso filho não ficasse com nenhuma sequela desse
acidente, e realmente, ela fez um bom trabalho, pois não existe marcas visíveis
no Dan hoje.
O
fato de passarmos por momentos ruins ou tenebrosos na vida não significa que
Deus não está atento a nós ou aos nossos. Situações difíceis são para todos,
sem exceção. Passar bem por esses momentos é o que nos compete.
Descobri
com esse ocorrido que não temos condições de garantir proteção ou segurança
vinte quatro horas para ninguém. Deus usou uma situação, que poderia ocorrer
com qualquer outra pessoa, para nos lembrar ou ensinar que é Ele, sempre foi
Ele, e continuará sendo Ele, o protetor.
Isso
mudou muita coisa em nós, até a forma como falamos com Deus sobre algumas
coisas mudaram. Aquela preocupação, medo, ansiedade, normal nos pais pelos
filhos mudou. Não poderemos acompanhar, proteger ou blindar nossos filhos. Mas
Deus pode, e Ele não irá falhar nisso.
“As
situações difíceis ou sedolorosas da vida têm o poder de mostrar o quanto Deus
está ativo e envolvido”.
Aprenda
a confiar sua vida, sua família a Deus. E perceberás que minhas das
preocupações dará lugar a paz e a confiança.
“É certo que não (...) dorme o guarda de Israel”.
Salmo 121:4
Alcides,
pastor
João
Pessoa, PB
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